Seminário discute agricultura irrigada no Oeste Baiano

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

O uso crescente das águas do Oeste baiano, motivada pela agricultura irrigada, vai ser um dos principais temas no seminário “Governança Pública das Águas”, que será realizado entre os dias 2 e 4 de junho, no Centro Cultural de Barreiras. O seminário tem o objetivo de discutir as tecnologias de irrigação e sensibilizar os usuários para o uso racional e sustentável das águas. O seminário integra a programação da Semana do Meio Ambiente e da VII Semana do Meio Ambiente de Barreiras, que será comemorada na próxima semana.

Durante os três dias de evento, a organização espera que cerca de mil pessoas assistam a temas como gestão das águas, estudos de bacias subterrâneas, outorga, impactos ambientais causado por sistemas de abastecimento, monitoramento climático para o manejo das águas, tecnologias da gestão das águas, tecnologias de irrigação e de uso das águas, dentre outros. Serão realizadas nove palestras de representantes de universidades, órgãos públicos estaduais e federais, setores produtivos de comitês de bacias hidrográficas, além de rodas de debates e diálogos.

Durante o evento, a Superintendência de Recursos Hídricos (SRH), autarquia da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), encaminha a realização de estudos para aumentar o conhecimento sobre os recursos aqüíferos subterrâneos, além de verificar o estado em que se encontram estas bacias. A SRH também pretende contratar consultores com a finalidade de verificar tecnologias adequadas a cada tipo de cultura do Oeste. O que deve facilitar melhores definições das vazões indicadas no momento do pedido de outorga.

Fiscalização - No oeste baiano existem cerca de 200 propriedades que utilizam pivôs centrais com uso destinado à agricultura empresarial. . O diretor de meio ambiente da Associação dos Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), José Cizino Menezes Lopes, afirma que os proprietários devem buscar a eficiência na irrigação, ao montar uma rede agro-metereológica, para informar a vazão da água, a depender dos fatores climáticos no momento da irrigação. “A perda de água durante o transporte é muito baixa. Por ter um custo, ninguém admite perder água no sistema de irrigação”, acredita.

Segundo o superintendente do diretor geral da SRH, Júlio Rocha, o gasto excessivo de água por meio da captação por meio da irrigação é um problema ambiental, decorrente da atividade econômica do Oeste baiano. O órgão escolheu a região, pela importância econômica, desencadeada pela agricultura, e pelo bioma cerrado. De acordo com Júlio, o Oeste merece atenção especial quando se trata de meio ambiente. “A região nos preocupa principalmente pelo uso de agrotóxicos, e pelo uso da água na irrigação”, alerta.

O governo do estado, a partir deste ano, vai aumentar o rigor na fiscalização das águas superficiais e subterrâneas dos rios baianos. Um decreto, publicado no início do mês, atribui poder de polícia administrativa à SRH. Depois da lei entrar em vigor, no início deste mês, o órgão não terá apenas o poder de notificar, mas também de multar os infratores. José Cizino, da Aiba, considera eficiente o controle da água e a concessão das outorgas realizada na Bahia. “A agricultura irrigada é feita de forma sustentável”, atesta.

por Hebert Regis

Fonte: Bhaiaemfoco.com

1 Comment:

gordinho said...

diga ai dedey, preciso fazer parte desse bolg