LULA ECOLÓGICO

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Em discurso de abertura da Assembléia Geral, presidente defende uma revisão da Rio-92, em 2012 PRESIDENTE VERDE Lula defendeu na abertura da 62ª Assembléia Geral da ONU o uso do álcool como base de uma nova matriz energética para humanidade O presidente Luiz Inácio Lula da Silva propôs nesta segunda-feira (25), ao discursar na abertura da 62ª Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas, a realização de uma nova conferência sobre meio ambiente, a Rio +20. “O Brasil sediou a confêrencia das Nações Unidas para o Desenvolvimento e Meio Ambiente, a Rio 92. Precisamos avaliar o caminho percorrido e estabelecer novas metas. Proponho em 2012 uma nova conferência que o Rio se propõe a sediar, a Rio +20”. A Rio-92 foi realizada entre 3 e 14 de junho de 1992, no Rio de Janeiro, reuniu legisladores, diplomatas, cientistas e ONGs de 179 países. DÁ UM ABRAÇO Lula se encontra com "o amigo Bush", como gosta de dizer: críticas duras à política de subsídios agrícolas dos países de primeiro mundo "É plenamente possível combinar biocombustíveis, preservação ambiental e produção de alimentos", afirmou o presidente. A crítica de que o aumento do plantio de cana para atender à demanda por álcool (etanol, como o combustível é chamado nos Estados Unidos e na Europa) vai causar redução da produção de alimentos foi feita pelo ditador cubano Fidel Castro e pelo presidente venezuelano Hugo Chávez, que cassa pouco a pouco as liberdades democráticas em seu país e vive às turras com o Congresso brasileiro. Os dois são tratados como amigos por Lula, que aproveitou o discurso para criticar duramente os subsídios dos países ricos aos seus agricultores. Lula disse que o mundo precisa urgentemente de uma nova matriz energética e, segundo ele, os biocombustíveis são vitais para construí-la. De acordo com o presidente, a humanidade precisa mudar seus padrões de consumo. O presidente disse que no Brasil, o uso do etanol evitou o lançamento de 644 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera. Lula defendeu a participação dos países em desenvolvimento nos grandes fóruns, como no Conselho de Segurança da ONU. Segundo o presidente, a participação do Brasil na missão do Haiti significa que o país está preocupado com a estabilidade entre as nações.