Fogo no Parque Nacional ainda não foi controlado

domingo, 26 de agosto de 2007



As chamas que consomem o Parque Nacional de Brasília já passam de 4 dias em atividade. Iniciado por volta de 12h da última terça-feira, o incêndio já atingia na manhã de quarta-feira uma área de 60 hectares e estendia-se por uma linha de fogo de 10 quilômetros. O Corpo de Bombeiros informou que, devido ao forte vento do local, as labaredas estão avançando – o que aumenta a região queimada. Segundo o chefe de comunicação do Corpo de Bombeiros, a equipe foi acionada somente duas horas após o início do incêndio. “Quando chegamos, o fogo já estava alto e havia atingido uma grande área, o que dificultou nosso trabalho”, lembra. Ele conta que o local é de difícil acesso, tanto pela alta temperatura quanto pela irregularidade do solo. As viaturas não alcançam a região principal e ainda é preciso descer 4 quilômetros em meio ao matagal para combater as chamas, que chegam a três metros de altura. Cerca de 200 bombeiros e 45 agentes do Ibama estão no local trabalhando com abafadores e bombas costais. Mas, apesar do esforço, o fogo está longe de ser controlado. Além da dificuldade de acesso, fatores como vento forte e alta temperatura contribuem para o alastramento das chamas. “Por causa da falta de chuvas nos últimos meses, a vegetação está muito seca, o que, aliado à baixa umidade de hoje, piora a situação”, explica o coordenador do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) do Ibama, Elmo Monteiro. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia, a umidade relativa do ar nesta quarta-feira está em 20%. O coordenador do Prevfogo afirma haver indícios de que o incêndio tenha partido do quintal de uma casa no condomínio Mini Granja do Torto. “Algum chacareiro resolveu queimar seu terreno achando que fazia bonito e provocou um desastre desse tamanho”, indigna-se Elmo. Da chácara, as chamas foram empurradas pelo vento em dois sentidos: em direção ao Lago Oeste – onde o fogo já está controlado – e à Barragem de Santa Maria. Esta área é a que causa maior preocupação à equipe, pois se aproxima da região onde são captadas as águas que abastecem 30% do DF. “A fuligem pode ir para a água e tornar o trabalho de limpeza muito complicado”, comenta Elmo. Se o incêndio for confirmado como criminoso, o responsável poderá ser punido por crime ambiental e estará sujeito a multa de R$ 500 por hectare queimado e a prisão de até quatro anos. “Depois haverá uma perícia para calcularmos os estragos e os motivos. Mas, por enquanto, nosso objetivo é conter o fogo o mais rápido possível”, afirma o coordenador do Prevfogo. Elmo acredita que isso deve acontecer apenas na manhã desta quinta-feira. Porém, a equipe vai continuar trabalhando no local, inclusive de madrugada.


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Fonte:Correio Web

1 Comment:

Anônimo said...

Great work.